França vai retirar do Iraque militares que estão a dar formação

A França vai retirar os seus militares do Iraque, onde participam em missões de formação, anunciou hoje o Estado-Maior francês, em resultado designadamente da pandemia do novo coronavírus, que acaba assim com uma das operações externas de Paris.

Artilharia turca atingiu posições do Estado Islâmico no norte do Iraque

© Reuters

Lusa
25/03/2020 22:59 ‧ 25/03/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

Fronteiriço do Irão, onde o vírus já matou mais de 2.000 pessoas, o Iraque impôs, no domingo, à escala nacional, medidas muito restritivas contra o novo coronavírus, e divulgou a existência de 20 mortos e 233 pessoas infetadas com a doença covid-19.

"Em coordenação com o Governo iraquiano, a coligação (internacional anti-Estado Islâmico, liderada pelos EUA) decidiu ajustar o seu dispositivo no Iraque e suspender provisoriamente as suas atividades de formação das forças de segurança iraquianas, considerando em particular a crise sanitária", sublinhou a instituição militar francesa, em comunicado.

Assim, "a França decidiu repatriar até nova ordem o pessoal da Operação Chammal (componente francesa da operação internacional) destacada para o Iraque", cujo total ronda os 200 efetivos, empenhados até agora na formação do exército iraquiano, que tem sido desenvolvida no Estado-Maior da coligação em Bagdade.

A partir de hoje, data do início do repatriamento, "já não há mais tropas Chammal no Iraque", disse o porta-voz do Estado-Maior francês, Frédéric Barbry, à AFP, salientando que esta retirada era, "em princípio, temporária".

O exército norte-americano, que representa a maior parte das forças estrangeiras destacadas no Iraque, tinha anunciado no final da semana passada uma redução temporária da dimensão da coligação.

"Para prevenir uma propagação da covid-19, o exército iraquiano suspendeu toda a formação. Em consequência, a coligação vai reenviar temporariamente para os seus países, nos próximos dias, alguns dos seus elementos especializados na formação", indicou, na sexta-feira, o Comando Central dos militares norte-americanos, o designado Centcom, que inclui o Iraque e a Síria.

Os britânicos e os checos também já anunciaram uma retirada de forças do Iraque.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 450 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 20.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com cerca de 240.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 7.503 mortos em 74.386 casos registados até hoje.

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