Covid-19: Moçambique recomenda prevenção em vez de cloroquina

O Ministério da Saúde de Moçambique recomendou hoje prevenção face à ameaça do novo coronavírus em vez do uso de cloroquina ou outros medicamentos ainda por testar, mas que estão a ser recomendados em alguns países.

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Lusa
24/03/2020 18:26 ‧ 24/03/2020 por Lusa

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Covid-19

"A evolução da pandemia covid-19 ainda é curta e, portanto, todos os estudos e resultados estão em fase de análise", frisou Rosa Marlene, diretora de Saúde Pública de Moçambique, acrescentando que até agora a melhor estratégia de combate é a prevenção.

A responsável falava em conferência de imprensa, em Maputo.

A hidroxicloroquina e uma droga similar, a cloroquina, podem interferir com a capacidade de o novo coronavírus penetrar nas células e alguns cientistas já apontaram sinais potencialmente encorajadores em testes de laboratório e noutros em pequena escala.

Mas outros cientistas estão céticos de que estas experiências se traduzam em benefícios para os doentes.

Um estudo publicado em fevereiro na China aponta a cloroquina como possível tratamento para a doença, mas os resultados, cujo ensaio clínico foi feito numa dezena de hospitais na China, levantou polémica, com especialistas a alertarem para efeitos secundários do medicamento.

A Argélia já anunciou que vai usar a cloroquina para tentar travar o vírus e em França as autoridades permitem que seja ministrado em casos graves de infeção e sob vigilância apertada, depois de um ensaio promissor com doentes num centro especializado de infeções em Marselha.

"O Ministério da Saúde está a acompanhar estes debates e aqueles estudos que nos parecerem mais plausíveis e mais seguros serão adotados", declarou a diretora de Saúde Pública moçambicana.

O número de infeções de covid-19 registadas pelas autoridades em Moçambique subiu de um para três, e há 39 pessoas que tiveram contactos com as três pessoas infetadas e que permanecem em quarentena domiciliária.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 360 mil pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 17.000 morreram.

O continente africano registou 58 mortes devido ao novo coronavírus, aproximando-se dos 2.000 casos em 45 países e territórios, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia da covid-19.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.077 mortos em 63.927 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

 

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