Os 14 ministros, entre os quais o português Augusto Santos Silva, o francês Jean-Yves Le Drian e o alemão Heiko Maas, também alertaram que a luta contra o "terrorismo" invocada por Moscovo, que apoia a ofensiva do regime do presidente sírio Bashar al-Assad na província, não pode justificar "as violações em massa do direito internacional humanitário".
"Apelamos à Rússia para continuar as negociações com a Turquia, para se alcançar uma diminuição da violência em Idlib e contribuir para uma solução política", referem os signatários do artigo divulgado no diário Le Monde.
Além de uma grave crise humanitária, o avanço das forças sírias em Idlib, apoiadas pela Rússia, provocou uma crise com a Turquia, que apoia alguns rebeldes, e atritos entre Ancara e Moscovo.
Estes dois países acordaram em 2018 em Sochi (Rússia) um cessar-fogo e a instalação de postos de observação turcos na região de Idlib, mas o acordo deixou de ser respeitado e as duas partes rejeitam responsabilidade pelo seu fim.
O presidente turco, Recep, Tayyip Erdogan, insistiu hoje que o seu país não recuará em Idlib e reiterou o seu ultimato às forças do regime sírio para se retirarem de algumas posições até ao final de fevereiro.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, rejeitou na terça-feira os apelos a um cessar-fogo na região, considerando que seria uma "capitulação face aos terroristas".
O presidente francês, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel, pediram a organização de uma cimeira sobre a Síria com Erdogan e o presidente russo, Vladimir Putin.
Assinaram o artigo os chefes da diplomacia da Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Lituânia, Países Baixos, Polónia, Portugal e Suécia.