O muçulmano, de 70 anos, atacado esta quinta-feira , pelas 15h00, durante as orações que decorriam na mesquita central de Londres, no Regents parque, já teve alta e regressou à mesquita, avança a Sky News.
Com um suporte para o braço direito e rodeado de seguranças, Raafat Maglad diz que "sente pena" do seu agressor e que o "perdoa". Ao recordar o ataque, Maglad disse que apenas se recorda de fechar os olhos para rezar e baixar a cabeça.
"Parecia que alguém me tinha atingido com um tijolo", disse ao jornal britânico Evening Standard. "Foi horrível, havia tanto sangue. Tentei estancar a ferida. Toda a gente parou o atacante e chamaram uma ambulância", conta, referindo que se sente "sortudo".
Raafat Maglad não tem ainda a mobilidade toda no braço direito, mas afirma que voltará a liderar as orações assim que possível.
O detido, de 29 anos, foi travado pelos fiéis que se encontravam no local, antes de as autoridades chegarem ao local. O motivo do ataque permanece desconhecido e até à data não existem outros suspeitos.
This guy has jus stabbed one of our muezzin in our local mosque (regents park mosque) while everyone was getting ready for prayer. Please be aware of him! pic.twitter.com/Cexfqn2qsM
— Anisha (@aanisha__) February 20, 2020
Alguns dos presentes no local afirmam que o atacante tinha "um sotaque londrino" e costumava assistir regularmente às orações até há seis meses, altura em que deixou de comparecer.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson afirmou sentir-se "entristecido" com o ataque. "É horrível que algo assim aconteça, especialmente num local de fé", partilhou no Twitter.
I'm deeply saddened to hear of the attack at the London Central Mosque. It's so awful that this should happen, especially in a place of worship. My thoughts are with the victim and all those affected.
— Boris Johnson (@BorisJohnson) February 20, 2020
A mesquita em questão é uma das maiores do Reino Unido e tem capacidade para acolher cerca de cinco mil pessoas. No momento da agressão estariam cerca de 300 pessoas presentes.
