Afeganistão. Talibãs acusam Washington de bloquear o diálogo
Os talibãs acusaram hoje os Estados Unidos de bloquear as negociações de paz, que visam levar à retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão após 18 anos de guerra.
© REUTERS/Tom Brenner
Mundo Afeganistão
Os talibãs "têm a vontade e as capacidades de chegarem a uma resolução", declarou o seu porta-voz Zabihullah Mujahid na rede social Twitter, considerando que "as numerosas exigências norte-americanas e as disputas entre os Estados Unidos e os responsáveis de Cabul dificultam as negociações".
Mujahid escreveu que o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, se devia "abster de tentar responsabilizar os outros" pela situação atual, adiantando: "A nossa posição é clara e precisa, ao contrário deles".
Num encontro na segunda-feira no Uzbequistão com responsáveis da Ásia central, Pompeo afirmou que os talibãs deviam apresentar "provas verificáveis da sua vontade e capacidade de reduzir a violência" para se chegar a um acordo.
Os Estados Unidos e os talibãs pareciam próximos de um acordo de paz no início de setembro, mas o presidente Donald Trump rompeu as negociações após mais um atentado em Cabul reivindicado pelos insurgentes, que causou 12 mortos, entre os quais um soldado norte-americano.
As discussões recomeçaram a 7 de dezembro num contexto de redução da violência na capital afegã. Após uma nova pausa devido a um ataque dos talibãs, desta vez contra a base aérea de Bagram, a norte de Cabul, as negociações reiniciaram-se em Doha, onde as duas partes já se encontraram por diversas vezes no último ano.
No total, os Estados Unidos mantêm no Afeganistão cerca de 14 mil militares destacados.
A guerra no Afeganistão fez mais de 100 mil vítimas civis, mortos e feridos, na última década, divulgou em dezembro o responsável da missão da ONU no país (UNAMA, na sigla em inglês), Tadamichi Yamamoto.
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