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Organização interamericana condena repressão de jornalistas por Cuba

A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em castelhano) condenou hoje as recentes medidas repressivas do Governo de Cuba aplicadas a jornalistas independentes, como detenções temporárias, interrogatórios e proibições de viajar ao estrangeiro.

Organização interamericana condena repressão de jornalistas por Cuba
Notícias ao Minuto

21:24 - 30/01/20 por Lusa

Mundo Cuba

A SIP, que também denunciou situações de ameaças de processos, assédio, citações e interrogatórios, destacou o editor-chefe do portal noticioso 14ymedio, Reinaldo Escobar, a quem as autoridades impediram a saída do país, em pleno aeroporto de Havana, na segunda-feira.

"O jornalista pretendia deslocar-se à Colômbia, a convite de uma universidade, para participar numa conferência. Ao pedir explicações, o agente do serviço de Imigração e Estrangeiros sugeriu-lhe que contactasse a esquadra da polícia da sua zona de residência", conforme um comunicado da SIP, que cita o 14ymedio.

Escobar, que em 2018 obteve o Prémio Iberoamericano Verbum de Novela pela sua obra "La grieta", foi impedido de viajar "apesar de não estar processado, nem investigado por qualquer crime, nem ter (o pagamento de) multas pendentes, nem sequer antecedentes penais", especificou a SIP.

Em 2019, também foram impedidos de sair de Cuba os repórteres Luz Escobar e Ricardo Fernández, do 14ymedio, Abraham Jiménez Enoa, da revista digital El Estornudo, e Boris González Arenas, Maykel González Vivero e Jorge Amado, de outros meios independentes, indicou a organização sedeada em Miami.

Mesmo assim, e citando uma denúncia do Comité para a Proteção dos Jornalistas, a SIP indicou que, em 08 de janeiro, a polícia fez buscas na residência de Iliana Hernández, colaboradora do CiberCuba, confiscando-lhe o computador, o telemóvel e documentos.

Hernández também foi acusada de "receber bens roubados, delito castigado no Código Penal com a privação da liberdade até um ano", acrescentou, no seu comunicado.

A meio deste mês, a família do jornalista e advogado da província de Guantánamo Roberto de Jesús Quiñones Haces denunciou a deterioração da sua saúde.

Quiñones Haces, habitual colaborador de Cubanet - a mais antiga publicação digital de assuntos cubanos que tem a sede em Miami (Estados Unidos) -- foi condenado a um ano de prisão e está preso desde setembro de 2019, recordou o comunicado.

O presidente da SIP, Christopher Barnes, e o presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação do organismo, Roberto Rock, expressaram a sua condenação pela constante repressão governamental que procura silenciar "os valentes jornalistas e meios independentes" em Cuba.

Na quarta-feira, por seu lado, a Associação Pro Liberdade de Imprensa divulgou em Cuba o seu relatório anual, com dados de 2019, em que se indica que 154 jornalistas, entre os quais 44 mulheres, foram agredidos pelas autoridades cubanas.

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