As fontes que não quiseram ser identificadas disseram à agência France-Presse que após violentos combates os rebeldes iemenitas se apossaram da estrada que liga Sanaa às províncias de Marib, a leste, e de Jawf, a norte.
Desde 17 de janeiro que os combates recomeçaram a leste de Sanaa após meses de relativa acalmia no país devastado por mais de cinco anos de guerra entre os Huthis, ajudados pelo Irão, e as forças do governo reconhecido internacionalmente, apoiadas desde 2015 por uma coligação militar conduzida pela Arábia Saudita.
"Os Huthis procuram agora ocupar Hazm, capital da província de Jawf, avançando a oeste e a norte da cidade", indicou à AFP um daqueles militares.
A província de Jawf é controlada na sua maioria pelos rebeldes xiitas, mas a sua capital continua nas mãos do governo.
Um outro responsável militar afirmou à AFP que os "Huthis estão hoje a cinco quilómetros da capital de Jawf".
A província de Marib também está em parte sob controlo dos Huthis, mas a capital homónima, situada a 170 quilómetros a leste de Sanaa, é controlada pelas forças governamentais.
Os combates das últimas 48 horas causaram dezenas de mortos e feridos, segundo fontes militares, que não referiram balanços concretos.
Na sexta-feira, o governo reconheceu o avanço dos Huthis, indicando que realizou uma "retirada tática" das suas tropas de algumas posições a leste de Sanaa.
O centro de reflexão International Crisis Group alertou na sexta-feira contra uma "extensão do conflito que terá um efeito devastador nos esforços" para acabar com a guerra.
A guerra já causou dezenas de milhares de mortos, essencialmente civis, segundo várias organizações não-governamentais, e a pior crise humanitária no mundo, de acordo com a ONU.