Democratas: Trump abandonou juramento e traiu confiança pública

Os Democratas da Câmara dos Representantes afirmam que o presidente norte-americano "abandonou o juramento de executar fielmente as leis e traiu a confiança pública", num documento no âmbito do processo de destituição de Donald Trump.

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© REUTERS/U.S. Senate TV

Lusa
19/01/2020 06:32 ‧ 19/01/2020 por Lusa

Mundo

Impeachment

Os Democratas acrescentaram que a conduta do presidente republicano é o "pior pesadelo" dos fundadores do país.

O documento no âmbito do processo de 'impeachment' foi divulgado no sábado, depois de a equipa jurídica de Trump ter enviado ao Senado uma resposta à sua convocação para o processo de destituição.

A resposta de Trump considera que os dois artigos do 'impeachment' aprovados são um "ataque perigoso ao direito do povo norte-americano a escolher livremente o seu presidente".

Na quinta-feira, os congressistas democratas da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América entregaram formalmente o processo de destituição de Trump, ao Senado, que vai dar início ao julgamento na terça-feira.

O julgamento do processo de destituição de Donald Trump vai ser conduzido pelo presidente do Supremo Tribunal da Justiça dos EUA, John Roberts, mas vão ser os senadores a atuar como juízes, perante os advogados escolhidos pelo chefe de Estado norte-americano.

Donald Trump é acusado de ter pressionado o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para investigar a atividade do filho do seu adversário político Joe Biden junto de uma empresa ucraniana envolvida num caso de corrupção, num gesto que a Câmara de Representantes diz constituir um ato de abuso de poder, bem como de ter tentado obstruir a averiguação destes factos por parte do Congresso.

Em 18 de dezembro, a maioria democrata na Câmara de Representantes aprovou dois artigos de destituição com base nestas acusações, tornando Donald Trump o terceiro Presidente norte-americano a ser sujeito a um processo de 'impeachment', depois de Andrew Johnson, em 1868, e Bill Clinton, em 1998.

Trump será agora julgado politicamente no Senado, onde será preciso uma maioria de 2/3 dos votos para levar à sua remoção do cargo de Presidente, um cenário improvável perante o controlo dos republicanos na câmara alta do Congresso.

A abertura oficial do julgamento político apenas acontecerá na terça-feira, já depois de os senadores terem prestado juramento, prometendo "avaliar de forma imparcial" as acusações contra o Presidente.

Contudo, tal como aconteceu nos outros dois processos de 'impeachment', a disciplina partidária deverá imperar e os Republicanos já avisaram que estarão unidos na sua maioria (53 contra 47) para rejeitar os artigos para destituição redigidos pelos Democratas, impedindo uma aprovação com 2/3 de votos que conduziria à demissão de Donald Trump.

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