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Trump é o terceiro presidente dos EUA a ser alvo de impeachment

A maioria democrata na Câmara dos Representantes votou favoravelmente para que o processo de destituição de Trump seja julgado no Senado.

Trump é o terceiro presidente dos EUA a ser alvo de impeachment
Notícias ao Minuto

01:24 - 19/12/19 por Fábio Nunes

Mundo Donald Trump

Donald Trump tornou-se no terceiro presidente na história dos Estados Unidos a ser alvo de impeachment, segundo a CNN. A maioria democrata aprovou favoravelmente os dois artigos de impeachment por abuso de poder e obstrução ao Congresso na Câmara dos Representantes, um desfecho que já era esperado. 

O primeiro artigo de impeachment a ser votado foi o de abuso de poder e foi aprovado com uma maioria de 230 votos a favor e 197 votos contra. Apenas dois congressistas democratas votaram contra o primeiro artigo de impeachment. A congressista democrata Tulsi Gabbard votou presente. Este é um voto que não é a favor nem contra o artigo e contribui para cumprir o quórum necessário. Três congressistas não votaram.

Bastavam 216 votos favoráveis neste primeiro artigo para que Trump fosse alvo de impeachment.

O segundo artigo de impeachment por obstrução ao Congresso foi aprovado com uma maioria de 229 votos a favor e 198 votos contra. Registou-se novamente um voto de presente, de Tulsi Gabbard, e três congressistas voltaram a não votar.

Donald Trump junta-se assim a Andrew Johnson (1868) e a Bill Clinton (1998) na lista dos presidentes que passaram à fase decisiva do processo de destituição. 

De referir que quando Nancy Pelosi, a presidente da Câmara dos Representantes, anunciou os resultados das duas votações em ambos os casos fez um sinal para que os congressistas democratas não aplaudissem. 

A Casa Branca já reagiu à aprovação dos dois artigos de impeachment. Num comunicado considerou que este é "um dos episódios políticos mais vergonhosos na história da nossa nação". Donald Trump que, à hora da votação na Câmara dos Representantes, estava num comício no Michigan, criticou aquilo que considera ser uma manifestação de "ódio" da esquerda radical.

Enquanto criamos empregos e lutamos pelo Michigan, a esquerda radical no Congresso é consumida pela inveja, ódio e raiva, vejam o que está a acontecer", disse Trump numa ação de campanha em Battle Creek. "Os democratas estão a tentar cancelar os votos de dezenas de milhões de americanos", acrescentou.

O que espoletou o processo de impeachment?

Na origem deste processo de impeachment, que teve início em outubro, estão as acusações de que Trump pressionou o seu homólogo ucraniano Volodymyr Zelinskyi para investigar Hunter Biden, filho de Joe Biden, candidato democrata às presidenciais do próximo ano, retendo ajuda financeira à Ucrânia.

Hunter Biden fez parte da administração da Burisma, uma empresa ucraniana envolvida em casos de corrupção. 

Para os democratas, Trump abusou do cargo de presidente para obter ganhos pessoais políticos. 

Próximos passos do impeachment

O processo de impeachment vai agora passar para a câmara alta do Congresso norte-americano, o Senado, que vai servir como um tribunal para o julgamento político de Donald Trump. Esse julgamento poderá arrancar já em janeiro e será conduzido pelo juiz John Roberts, mas serão os senadores quem servirá de juízes, perante os advogados nomeados pelo presidente.

No entanto, é pouco provável que Trump se torne no primeiro presidente dos Estados Unidos a ser demitido pelo Senado (Andrew Johnson e Bill Clinton foram ambos absolvidos), uma vez que é necessária uma maioria de 2/3 de votos favoráveis e o Senado é controlado pelos republicanos. 

Os Senadores do Partido Republicano têm manifestado a intenção de rejeitarem este processo desencadeado pelos democratas. 

[Notícia atualizada às 2h08]

Leia Também: Presidente Trump tentará ser o primeiro líder destituído a ser reeleito

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