A administração de Trump tem reforçado as sanções contra Cuba nos últimos meses, a fim de privar o Governo comunista da ilha de dinheiro e abastecimento de energia e forçá-lo a terminar o apoio ao Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
A pressão dos EUA contribuiu para travar o crescimento económico e aumentar a escassez de produtos básicos, incluindo gasolina e gás de cozinha.
Falando aos jornalistas durante uma viagem ao leste de Cuba na noite de quinta-feira, Díaz-Canel afirmou que os cubanos não devem acreditar que a aceitação das exigências dos EUA levaria a melhores condições para a ilha.
"Às vezes, surgem ideias de que, se abandonarmos uma posição ou outra, se abandonarmos a solidariedade e a ajuda (a outros países), as portas se abrirão para nós e isso é uma mentira", referiu Díaz-Canel.
"Não queremos portas abertas para implorar. Queremos portas abertas se houver um diálogo sério" com os Estados Unidos.
Na sua viagem a Las Tunas, no leste de Cuba, Díaz-Canel visitou um hospital e uma escola de arte e reuniu-se com estudantes universitários durante várias horas.
Apesar dos esforços dos EUA para o derrubar, em cooperação com a oposição venezuelana e alguns países da região, o Presidente venezuelano, Nicolas Maduro, não mostra sinais de perder o controlo do poder na Venezuela.
Díaz-Canel disse que Cuba tornou-se um bode expiatório pelas falhas nas políticas dos EUA.
"Os EUA viram a sua situação na América Latina e no mundo a complicar-se devido aos seus próprios excessos e este Governo está a começar a procurar desculpas para explicar os problemas que está a ter na política externa", salientou Díaz-Canel.
O Presidente, que assumiu o cargo em abril de 2018, disse que as suas visitas aos centros provinciais de Cuba com o seu gabinete foram fundamentais para tranquilizar os cubanos que enfrentam problemas económicos e escassez de bens básicos.