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Milhares saíram às ruas no Maláui em protesto contra alegada corrupção

Dezenas de milhares de pessoas marcharam hoje nas três maiores cidades do Maláui em protesto contra a tentativa de suborno dos juízes do Tribunal Constitucional, que deverá emitir uma decisão sobre as eleições de 2019.

Milhares saíram às ruas no Maláui em protesto contra alegada corrupção
Notícias ao Minuto

23:37 - 16/01/20 por Lusa

Mundo Maláui

Os protestos, que decorreram na capital malauiana, Lilongwe, e nas cidades de Blantyre e Mzuzu, foram acompanhados pela polícia, que não registou nenhum incidente.

As manifestações tiveram lugar após o anúncio, na semana passada, do presidente do Tribunal Constitucional do país, Andrew Nyirenda, que denunciou uma tentativa de suborno aos seus juízes.

O chefe do Gabinete Independente Anticorrupção, Reyneck Matemba, afirmou à agência France-Presse que tinha recebido uma queixa de Andrew Nyirenda.

Numa conferência de imprensa no dia seguinte, o responsável judicial rejeitou indicar publicamente os suspeitos ou a sua possível filiação política.

As alegações de Nyirenda reacenderam as tensões no país, onde o tribunal em causa deverá decidir, até ao fim deste mês, sobre a imparcialidade das eleições presidenciais de maio do ano passado.

No poder desde 2014, Peter Mutharika foi reeleito em maio, com 38,57% dos votos, segundo a Comissão Eleitoral, obtendo o principal opositor, Saulos Chilima, 35,41% dos votos.

Os resultados foram denunciados por Chilima e por outro candidato, tendo estes então alegado fraudes, em particular quanto a boletins de voto em branco.

As alegações foram negadas recorrentemente pelo lado vencedor.

Ainda assim, a oposição tem mantido a pressão, organizando e conduzindo manifestações de protesto pelo país, sendo estas regularmente marcadas por incidentes violentos com a polícia.

Só na cidade de Lilongwe, 50 mil pessoas saíram hoje às ruas para exigir que a polícia "nomeie e detenha" os autores das tentativas de corrupção, segundo a AFP.

Esta é a primeira vez que os resultados de eleições presidenciais são contestados em tribunal no Maláui, desde que o país obteve a sua independência do Reino Unido, em 1964.

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