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Chefe da diplomacia alemã garante que Haftar vai respeitar cessar-fogo

O marechal Khalifa Haftar está disposto a respeitar o cessar-fogo na Líbia, afirmou hoje o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros após um encontro com o homem forte do leste líbio.

Chefe da diplomacia alemã garante que Haftar vai respeitar cessar-fogo
Notícias ao Minuto

16:15 - 16/01/20 por Lusa

Mundo Líbia

O chefe da diplomacia alemã, Heiko Maas, que se encontrou com Haftar no seu bastião de Benghazi, no leste do país, assegurou ainda que o marechal dissidente está "pronto a participar" na conferência internacional sobre a Líbia que decorre domingo em Berlim sob a égide da ONU indicou em mensagem no Twitter.

O marechal dissidente, que controla dois terços do território do país e uma parte importante dos seus recursos energéticos, recebeu Heiko Maas a três dias de uma conferência na capital alemã, destinada a tentar relançar um processo de paz que se encontra bloqueado.

A Líbia, mergulhada no caos desde a queda do regime de Muammar Kadhafi em 2011, na sequência de uma rebelião interna e uma intervenção militar da França, Reino Unido e Estados Unidos, enfrenta atualmente uma guerra civil entre o Governo de Acordo Nacional (GNA), reconhecido pela ONU, e as forças de Haftar.

No domingo entrou em vigor uma frágil trégua por iniciativa de Ancara, que apoia o GNA, e Moscovo, suspeito de apoiar Haftar apesar dos desmentidos oficiais.

Na segunda-feira decorreram em Moscovo negociações destinadas a definir as modalidades desta trégua, mas o marechal Haftar decidiu abandonar intempestivamente a capital russa sem assinar o documento.

Apesar deste fracasso negocial, a Rússia afirmou na terça-feira que a trégua será prolongada de forma "indefinida". Mas a evolução da situação no país do norte de África parece agora dependente da conferência internacional de domingo em Berlim.

A trégua patrocinada pela Rússia e Turquia ilustra o peso crescente destes dois países na tentativa de resolução da crise na Líbia.

Na semana passada, Ancara iniciou o envio de militares para a Líbia em apoio ao GNA, uma iniciativa que suscitou receios de uma escalada na violência.

Na quarta-feira, o ministro turco da Defesa confirmou a criação de um gabinete de cooperação militar na Líbia, acrescentando que a sua dimensão evoluirá em função das necessidades, um dia depois do Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ter ameaçado "infligir uma lição" às forças do marechal Haftar, caso seja retomada a ofensiva militar contra o Governo de Tripoli.

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