"A França condena os ataques conduzidos esta noite pelo Irão no Iraque contra forças da Coligação contra o Daesh [acrónimo em árabe do grupo extremista Estado Islâmico] (...). A prioridade é mais do que nunca a desescalada. O ciclo de violência deve ser interrompido", disse o chefe da diplomacia francesa, Jean-Yves Le Drian, num comunicado.
O Governo italiano também condenou os ataques e apelou, em comunicado, a um alívio das tensões, pedindo aos seus aliados europeus que trabalhem no diálogo.
Também Berlim e Londres já condenaram hoje os ataques iranianos.
"Agora é decisivo não deixarmos esta espiral crescer ainda mais", disse a ministra da Defesa do Governo alemão, Annegret Kram-Karrenbauer, à estação de televisão pública alemã ARD.
A ministra alemã sublinhou que "antes de mais é preciso que os iranianos não provoquem uma nova escalada".
"Condenamos o ataque às bases militares iraquianas que abrigam as forças da coligação, entre as quais britânicos", disse por seu lado o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab, expressando preocupação com "as informações sobre o uso de mísseis balísticos".
Mais de uma dúzia de mísseis iranianos foram lançados na quarta-feira de madrugada contra duas bases iraquianas, em Ain al-Assad e Arbil, que albergam tropas norte-americanas.
Esta ação foi assumida pelos Guardas da Revolução iranianos como uma "operação de vingança" da morte do general Qassem Soleimani, comandante da força de elite Al-Quds, que morreu na sexta-feira num ataque aéreo em Bagdade, capital do Iraque, ordenado pelo Presidente dos EUA, Donald Trump.