Corrupção. Netanyahu abandona ministérios mas mantém chefia do governo
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acusado em três casos de corrupção, vai abandonar as pastas que acumula no executivo - Saúde, Agricultura e Diáspora - mantendo-se como chefe do governo, indicaram hoje os seus advogados.
© Reuters
Mundo Israel
O anúncio acontece um dia depois dos deputados israelitas terem aprovado a dissolução do parlamento e convocado novas legislativas para 2 de março, as terceiras no período de um ano.
Netanyahu foi acusado em novembro pelo procurador-geral Avichai Mandelblit por suborno, fraude e abuso de confiança em três casos de corrupção. A lei israelita determina que qualquer ministro indiciado deve demitir-se, exceto o primeiro-ministro.
O Supremo Tribunal israelita recebeu uma petição do "Movimento por um governo de qualidade", pedindo a demissão de Netanyahu das suas funções ministeriais devido à acusação. Mandelblit afirmou depois que Netanyahu não poderia ser forçado a deixar a chefia do governo, mas que a questão das outras funções seria analisada.
Os advogados do primeiro-ministro enviaram hoje uma carta ao Supremo Tribunal, consultada pela agência France Presse, indicando que Netanyahu "deixará de ser ministro a 1 de janeiro de 2020 e nomeará ministros substitutos".
"O primeiro-ministro continuará a ser primeiro-ministro de acordo com a lei", adiantaram Avi Halevy e Michael Rabelo.
Para o "Movimento para um governo de qualidade", o abandono das três pastas "não é suficiente" e o facto de Netanyahu continuar como primeiro-ministro é "uma vergonha terrível para Israel".
Netanyahu, primeiro-ministro durante mais tempo na história de Israel -- 13 anos, na última década sem interrupção - e o primeiro chefe de governo acusado enquanto em funções, alega ser inocente e diz-se vítima de uma "caça às bruxas" por parte do ministério público e dos media.
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