Ursula Haverbeck foi condenada por incitação ao crime, por um tribunal da cidade de Verden, no norte do Alemanha, em 2017, tendo começado a cumprir a pena no ano passado.
Haverbeck afirmou repetidamente que o campo de extermínio de Auschwitz era apenas um campo de trabalho e já tinha sido condenada judicialmente, várias vezes, por negar o Holocausto.
Devido a sucessivos recursos, os advogados de Haverbeck tinham conseguido que a escritora e ativista neonazi evitasse a prisão, até que em 2018, o Supremo Tribunal determinou que ela devia cumprir uma pena por incitação ao crime.
Apesar de ser comum na Alemanha que as pessoas sejam libertadas após cumprir dois terços da sentença, o tribunal estadual de Bielefeld, onde a ativista está detida, disse hoje que decidiu não autorizar a libertação de Haverbeck em janeiro próximo, sem apresentar justificações.
Ursula Haverbeck deve, assim, cumprir a totalidade da pena, que terminará em novembro do próximo ano.
A escritora e ativista é simpatizante de movimentos neonazis e foi fundadora e diretora da organização de extrema-direita Federação Imperial de Nação e Pátria.