Deputados em Israel têm dois dias para evitar novas legislativas

Os deputados de Israel têm até quarta-feira para tentar encontrar um substituto do primeiro-ministro em funções, Benjamin Netanyahu, caso contrário o país terá de realizar as terceiras eleições legislativas em menos de um ano.

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Lusa
09/12/2019 12:41 ‧ 09/12/2019 por Lusa

Mundo

Israel

 

As eleições de abril e setembro deixaram Netanyahu, do Likud (direita), e o seu rival Benny Gantz, da coligação centrista Azul e Branco, praticamente empatados e nenhum conseguiu formar um governo.

Acresce a recente acusação por corrupção do primeiro-ministro em funções, mais uma razão pela qual a classe política está suspensa das últimas negociações.

Para evitar um terceiro escrutínio, os deputados terão de dar até às 23:59 locais (21:59 em Lisboa) de quarta-feira uma maioria a Netanyahu ou a Gantz, mas para tal alguns terão de mudar de campo, a menos que os dois rivais se unissem.

A não ser que haja um "terramoto" à última hora os israelitas deverão voltar às urnas, provavelmente em março, preveem os analistas.

No entanto, as novas legislativas podem manter a situação: uma sondagem divulgada hoje pela emissora estatal israelita Kan coloca os partidos de Netanyahu e de Gantz lado a lado, como aconteceu em abril e em setembro.

Gideon Saar, do Likud, pediu a realização de primárias para designar o próximo líder do partido. Para a ala que apoia Saar no principal partido de Israel, Netanyahu já não consegue juntar a maioria dos israelitas.

No domingo, o Comité Central do Likud decidiu não realizar as solicitadas primárias, admitindo a possibilidade de uma eleição interna se forem convocadas novas eleições.

Nos últimos dias Netanyahu propôs a "eleição direta" para o cargo de primeiro-ministro. O vencedor não seria o partido que obtivesse mais lugares no parlamento -- como acontece agora e cujo líder é normalmente convidado a formar o executivo -, mas o líder que tivesse mais votos da população.

A opção foi rejeitada pela coligação Azul e Branco.

"Alterar o sistema eleitoral subitamente conduzir-nos-á ao mesmo ponto de partida: trata-se de uma proposta vazia que visa desviar a atenção de Netanyahu que é acusado em três casos de corrupção sérios e é o único homem responsável por o país se dirigir para a terceira eleição", indicou a coligação de Gantz num comunicado.

Gantz admitia um governo de coligação com Netanyahu desde que fosse o primeiro a chefiar o executivo, num modelo de rotação, devido aos problemas do líder do Likud com a justiça. Netanyahu, no entanto, tem interesse em manter-se no cargo, porque as leis israelitas não obrigam um chefe de governo a renunciar apesar de acusado.

 

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