Meteorologia

  • 27 ABRIL 2024
Tempo
12º
MIN 11º MÁX 17º

Londres. Um dos ‘heróis’ que parou terrorista foi condenado por homicídio

James Ford está a cumprir pena pelo assassinato de uma jovem de 21 anos, que sofria de um atraso no desenvolvimento cognitivo.

Londres. Um dos ‘heróis’ que parou terrorista foi condenado por homicídio
Notícias ao Minuto

20:10 - 30/11/19 por Notícias ao Minuto

Mundo Terrorismo

Um dos cidadãos que ajudou a parar o terrorista que, esta sexta-feira, atacou várias pessoas com uma faca em Londres, no Reino Unido, é um recluso condenado por homicídio, que participava na conferência sobre reabilitação de condenados, onde o incidente começou.

Conta o jornal Mirror, que James Ford, de 42 anos, foi condenado, em 2004, pelo homicídio de Amanda Champion, uma jovem de 21 anos, que sofria de um atraso no desenvolvimento cognitivo.

O recluso, que se encontra a cumprir os últimos dias de uma pena de 15 anos de prisão, no estabelecimento prisional de Kent, encontrava-se em Londres para participar na conferência sobre reabilitação de reclusos, organizada pelo Instituto de Criminologia da Universidade de Cambridge, no Fishmongers’Hall, na qual também participou o autor do ataque, já reivindicado pelo Daesh, e uma das vítimas mortais, um jovem de 25 anos.

Segundo a mesma publicação, James Ford terá tentado salvar uma das vítimas de Usman Khan e, posteriormente, ajudou a parar o terrorista paquistanês, de 28 anos, antes da polícia chegar. Uma atitude que poderá ter salvo outras pessoas do ataque.

Contudo, apesar de muitos o chamarem de "herói", a família da jovem que assassinou, em 2003, já fez questão de vir lembrar que não o é. “Ele não é um herói. É um assassino que teve uma saída precária, sobre a qual nós nem sabíamos nada. Ele assassinou uma rapariga com deficiência. Ele não é um herói”, disse a tia de Amanda, Angela Cox, consternada com a saída precária de James.

Os jornais ingleses recordam que Amanda foi encontrada morta, com a garganta cortada, perto da sua casa, em Kent, em julho de 2003.

A polícia não tinha nenhuma pista sobre o suspeito, no entanto, um trabalhador de uma instituição que presta auxílio a pessoas que sofrem de problemas emocionais e que têm pensamentos suicidas decidiu quebrar a política de confidencialidade da organização e contar o que sabia às autoridades.

Ford tinha telefonado para a linha de apoio da organização 45 vezes, no mês a seguir ao homicídio de Amanda. Numa das chamadas confessou ter pensamentos suicidas, noutra terá confessado mesmo o crime. Nunca chegou a dizer o que o levou a matar a jovem, mas a polícia considerou-o “um homem muito perigoso”, com uma “obsessão macabra”.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório