O homicídio de mulheres tornou-se uma causa nacional na África do Sul nas últimas semanas, após uma série de mortes que chocaram a sociedade.
De acordo com estatísticas publicadas em setembro, uma mulher é assassinada a cada três horas e, todos os dias, a polícia regista 110 queixas por violação.
Cyril Ramaphosa, que descreveu o seu país como "um dos lugares mais perigosos do mundo para uma mulher", lançou recentemente um plano de emergência, num investimento superior a 100 milhões de euros.
"Na raiz da violência contra as mulheres estão as atitudes sexistas e patriarcais. A nossa mensagem para aqueles que abusam das mulheres é clara: vocês não têm lugar na nossa sociedade", disse o Presidente da África do Sul.
Numa declaração efetuada na província de Limpopo (Norte do país), o chefe de Estado descreveu a violência contra as mulheres como "uma grande vergonha" para o país.
O plano de ação do Governo prevê um reforço considerável das sanções penais contra os autores de atos de violência e a criação de tribunais especializados.