Jihadista bloqueado na fronteira turco-grega vai ser repatriado para EUA
O norte-americano suspeito de pertencer ao grupo extremista Estado Islâmico que está há três dias bloqueado na fronteira entre a Turquia e a Grécia vai ser repatriado para os Estados Unidos, anunciaram hoje as autoridades turcas.
© Reuters
Mundo Estado Islâmico
"Os procedimentos necessários para o envio para a América do combatente terrorista estrangeiro foram desencadeados depois de a parte americana se ter comprometido a aceitar o seu regresso ao país e a fornecer-lhe um documento de viagem", anunciou o Ministério do Interior turco, citado pela agência Anadolu.
O anúncio é feito um dia depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter recebido em Washington o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
Segundo a imprensa turca, o norte-americano, identificado como Muhammed Darwis B., de origem jordana, recusou ser deportado para os Estados Unidos e pediu para ser expulso para a Grécia.
O homem, de 39 anos, terá sido então levado para um posto de fronteira na região de Edirne, no noroeste da Turquia, mas a polícia grega recusou-lhe a entrada na Grécia.
Ainda segundo a imprensa, os guardas de fronteira turcos estão desde segunda-feira a dar alimentos e água ao homem e, à noite, deixam-no dormir num veículo.
A Turquia começou na segunda-feira a repatriar estrangeiros que combateram nas fileiras do grupo extremista Estado Islâmico na Síria e que estão nas suas prisões e centros de detenção.
Ancara afirma ter sob custódia perto de 1.500 presumíveis membros do Estado Islâmico e familiares.
Segundo o diário turco Hurriyet, o Governo de Ancara conta expulsar numa primeira fase 959 pessoas, quase 600 delas de nacionalidade iraquiana e síria, mas também umas três dezenas de 'jihadistas' oriundos de países europeus.
Além do norte-americano, foram expulsos na segunda-feira um alemão e um dinamarquês, e, hoje, está prevista a expulsão de sete alemães.
Seguir-se-ão, "em breve", 11 franceses, dois irlandeses e mais dois alemães.
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