Taiwan apela à comunidade internacional que tome posição sobre violência
A Presidente de Taiwan apelou hoje à comunidade internacional que tome uma posição sobre Hong Kong, na sequência da crescente violência que se sentiu no território nos últimos três dias.
© Reuters
Mundo Hong Kong
"Gostaria de apelar à comunidade internacional e às pessoas que acreditam no valor da democracia livre que tomem uma posição e se importem com a situação de Hong Kong", escreveu Tsai Ing-wen no Facebook.
A líder da Ilha Formosa apelou ainda às autoridades da antiga colónia britânica para darem "um passo atrás".
As reivindicações pró-democráticas do povo de Hong Kong, disse, não devem ter como resposta a violência.
"Não usem o sangue dos jovens de Hong Kong para lavar a cara perante as autoridades de Pequim", apontou.
Tsai Ing-wen recordou ainda a violência registada na terça-feira nos campus universitário, em especial na Universidade Chinesa de Hong Kong (CUHK), com manifestantes e polícia em confrontos acessos.
"Ontem à noite [na terça-feira], vimos a polícia correr para a universidade, contra os alunos", disse.
"A polícia serve para proteger o povo, e o Governo para servir o povo. Quando a polícia não protege mais o povo e o Governo não pensa mais no povo, um Governo desses certamente vai perder a confiança do povo", afirmou.
O parlamento de Hong Kong foi hoje suspenso e a segurança foi reforçada na cidade e nos campus universitários, com as escolas a fecharem num momento em que prosseguem os confrontos entre manifestantes e polícia.
Muitas estações de metropolitano e de comboio foram encerradas depois de os manifestantes antigovernamentais e pró-democracia terem bloqueado as entradas e vandalizado as instalações.
Durante a manhã (madrugada em Lisboa) os manifestantes construíram barreiras improvisadas e colocaram tijolos nas estradas um pouco por toda a cidade e também em algumas universidades, com a Universidade Chinesa de Hong Kong (CUHK) a registar momentos de maior tensão, de acordo com o jornal South China Morning Post (SCMP).
Na área financeira da cidade já foram efetuadas várias detenções por parte da polícia.
Pelo menos 11 instituições de ensino superior, incluindo a CUHK e a Universidade de Hong Kong, anunciaram que as aulas estão suspensas, de acordo com a emissora RTHK.
A noite de terça-feira na CUHK já tinha sido marcada pela violência entre manifestantes e forças de segurança. Na segunda-feira, os confrontos em Hong Kong já tinham causado 128 feridos e registado mais de 260 detenções.
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