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Presidente afegão anuncia libertação de três dirigentes talibãs

O Presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, anunciou hoje que o seu Governo libertou três dirigentes talibãs, num esforço para conseguir que os rebeldes libertem dois académicos, um norte-americano e outro australiano, sequestrados há três anos.

Presidente afegão anuncia libertação de três dirigentes talibãs
Notícias ao Minuto

15:24 - 12/11/19 por Lusa

Mundo Ashraf Ghani

O anúncio da libertação surge dois meses depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter interrompido as negociações com os talibãs, na sequência de uma série de ataques do movimento rebelde, que incluiu um atentado suicida em Cabul, que matou um soldado norte-americano.

Numa conferência de imprensa transmitida em direto pela televisão estatal afegã, Ashraf Ghani disse que a "libertação incondicional" dos talibãs foi uma decisão "muito difícil", mas que foi tomada tendo em conta o interesse do povo.

Os três membros da rede Haqqani (Anas Haqqani, Haji Mail Khan e Hafiz Rashid) foram libertados na esperança de que, em troca, dois académicos, um norte-americano e um australiano, sejam soltos, depois de terem sido sequestrados e mantidos em prisão há três anos por aquele grupo talibã.

"Numa demonstração de respeito pela humanidade, pelo Governo e nação do Afeganistão, decidimos libertar incondicionalmente estes três prisioneiros talibãs, que foram detidos em colaboração com os nossos aliados internacionais", disse Ghani, acrescentando que o objetivo deste gesto é "facilitar as negociações de paz" com o movimento rebelde.

Há muito que os talibãs pediam a libertação de Anas Haqqani, irmão mais novo do líder da rede Haqqani, considerada a fação mais forte do movimento rebelde no Afeganistão, que tinha sido detido no Bahrein em 2014 e mais tarde condenado à morte.

Os académicos reclamados em troca pela libertação dos talibãs são Kevin King, norte-americano, e Timothy Weekes, australiano, sequestrados em 2016 no exterior da Universidade Americana de Cabul, onde trabalhavam como professores.

No ano seguinte, o movimento talibã divulgou dois vídeos mostrando os académicos detidos, numa altura em que os EUA anunciaram ter lançado uma missão de resgate para os libertar, embora sem sucesso, porque os prisioneiros nunca foram encontrados.

Hoje, Ghani disse que a libertação dos académicos é "uma das principais exigências, nas negociações" com o movimento talibã.

Desde que os EUA suspenderam as negociações com os talibãs, este movimento recusou conversar diretamente com o Governo afegão.

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