"Não podemos ir para terceiras eleições. Esta repetição eleitoral foi um aviso do que pode acontecer se os interesses particulares forem colocados à frente dos interesses do país", indicou Íñigo Errejón em declarações à imprensa.
Com a quase totalidade dos votos escrutinados, o Mais Pais não cumpriu a expectativa e entra no Congresso com três deputados - dois para Madrid - Íñigo Errejón e Marta Higueras - e um pela Comunidade Valenciana - Joan Baldoví - pelo que não obteve grupo parlamentar próprio, por não ter eleito um mínimo de cinco deputados.
O Mais País, liderado por Íñigo Errejón, ex-fundador do Podemos, concorreu pela primeira vez a eleições gerais.
Nas eleições locais de 26 de maio, o Mais Madrid, liderado por Manuela Carmena, foi a força mais votada na capital e conseguiu 19 vereadores, enquanto nas eleições regionais realizadas no mesmo dia a formação de Errejón ficou em quarto e alcançou 20 assentos na Assembleia de Madrid.
Com cerca de 99% dos votos escrutinados, o PSOE lidera a contagem com 120 deputados, estando em segundo lugar os conservadores do Partido Popular (PP) com 88 lugares e em terceiro o partido de extrema-direita Vox com 52 lugares.
A coligação de extrema-esquerda Unidas Podemos elegeu até agora 35 deputados e o Cidadãos obtém apenas 10 lugares.
Com estes resultados, o bloco dos partidos de esquerda (PSOE, Unidas Podemos e Mais País) totaliza 158, enquanto o bloco de direita (PP, Vox e Cidadãos) alcança 150 lugares.
A participação eleitoral é de 69,96%.
Nas eleições de 28 de abril, os socialistas do PSOE tiveram 28,7% dos votos, seguidos pelo PP com 16,7%, o Cidadãos (direita liberal) com 15,9%, o Unidas Podemos (extrema-esquerda) com 14,3% e o Vox (extrema-direita) com 10,3%.
As eleições de hoje foram convocadas em setembro pelo Rei de Espanha, depois de constatar que o primeiro-ministro socialista em funções, Pedro Sánchez, não conseguiu reunir os apoios suficientes para voltar a ser investido no lugar na sequência das eleições de abril.