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Cuba condena "golpe de Estado na Bolívia" após renúncia de Evo Morales

O Governo cubano "condenou veementemente" hoje "o golpe de Estado na Bolívia", após a renúncia do Presidente boliviano, Evo Morales, que tinha sido reeleito há três semanas.

Cuba condena "golpe de Estado na Bolívia" após renúncia de Evo Morales
Notícias ao Minuto

22:18 - 10/11/19 por Lusa

Mundo Bolívia

Cuba, aliada tradicional do líder socialista, expressa a sua "solidariedade com o irmão presidente Evo Morales, protagonista e símbolo da reivindicação dos povos indígenas das nossas Américas", afirmou o ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodriguez, no Twitter, pedindo a "mobilização mundial pela vida e a liberdade de Evo".

Também o Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, condenou "categoricamente" o "golpe de Estado" na Bolívia.

"Condenamos categoricamente o golpe de Estado contra o presidente Evo Morales", escreveu Nicolas Maduro na rede social Twitter, pedindo "mobilização para exigir a preservação da vida dos povos indígenas bolivianos, vítimas de racismo".

Por sua vez, a deputada brasileira Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), liderado por Lula da Silva, condenou igualmente o "golpe" que, na sua opinião, levou à renúncia do governante boliviano Evo Morales.

"A direita não combina com a democracia. Outro golpe na América Latina", escreveu Hoffmann na sua conta na rede social Twitter, no momento em que Morales se dirigia aos bolivianos para informar sobre a sua decisão de renunciar ao cargo que ocupava desde janeiro de 2006.

Horas depois, Lula da Silva, que recuperou a sua liberdade na sexta-feira, depois de passar 580 dias na prisão, lamentou o "golpe de Estado" que levou à renúncia do presidente boliviano, Evo Morales.

"É lamentável que a América Latina tenha uma elite económica que não sabe conviver com a democracia e a inclusão social dos mais pobres", acrescentou Lula da Silva, que governou o Brasil entre 2003 e 2011 e passou parte desse tempo no poder com Morales, que estava no cargo desde janeiro de 2006.

Também o secretário dos Negócios Estrangeiros do México, Marcelo Ebrard, criticou os militares bolivianos por terem exigido a renúncia do Presidente boliviano.

Já o Governo colombiano pediu uma "reunião urgente" do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), após a renúncia de Evo Morales, para que se encontrem "soluções para a complexa situação institucional" na Bolívia, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Colômbia em comunicado.

Evo Morales renunciou hoje numa altura em que se verificam protestos no país por suposta fraude nas eleições de 20 de outubro e horas depois de ter convocado novas eleições, conforme recomendado pela Organização dos Estados Americanos (OEA), que afirmou ter detetado graves irregularidades no cálculo da resultados.

Maria Eugenia Choque Quispe, que hoje renunciou à presidência do Supremo Tribunal Eleitoral após a convocação de novas eleições por Evo Morales, foi presa nas últimas horas.

Leia Também: Presidente da Bolívia Evo Morales demite-se

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