Português detido em Glasgow por engano. Foi confundido com homicida
A Interpol acreditava ter localizado o suspeito pela autoria do 'massacre de Nantes', mas testes de ADN revelaram que o detido era afinal um cidadão português que vive em Paris.
© DR
Mundo Prisão
As autoridades britânicas estão a ser acusadas de terem detido um homem inocente no aeroporto de Glasgow. A polícia acreditava tratar-se de um homicida que matou a família, Xavier Dupont de Ligonnès, mas o homem detido era a final um cidadão português que vive em França.
Este sábado, fontes das autoridades francesas avançaram à imprensa que a Interpol tinha alertado que o suspeito de 58 anos estaria a bordo de um voo de Paris com destino a Glasgow, na Escócia.
Desde 2011, altura em que ocorreu o 'massacre de Nantes', que o homicida é procurado pela morte da mulher Agnès, de 48 anos, e os filhos, Arthur, de 21, Thomas, de 18, Anne, de 16, e Benoît, de 13. Os corpos da família, assim como os dos dois cães, foram enterrados no jardim da própria residência, na cidade francesa de Nantes.
A polícia acreditou então que tinha finalmente localizado o suspeito e deteve o homem assim que este saiu do avião. De acordo com o Le Parisien, os escoceses contactaram inclusive a polícia francesa para confirmar que tinha sido detido Xavier Dupont de Ligonnès.
Mas testes de ADN desmentiram a tese da polícia. O detido era, afinal, Guy João, um cidadão que nasceu em Portugal e que vive agora em Limay, Yvelines, no noroeste de Paris.
Revela o The Guardian que a polícia de Glasgow informou, em comunicado, que o homem que estava sob custódia policial tinha sido libertado. “Foram realizadas investigações para confirmar a identidade do homem. Após os resultados desses testes foi confirmado que o detido não é o suspeito de crimes na França", revelaram.
Recorde-se que este sábado o Le Parisien e a Agence France-Presse davam conta que quatro fontes policiais distintas tinham confirmado a identidade de Xavier Dupont de Ligonnès. Porém, este domingo o jornal francês reescreve a história, culpando, inclusive, a polícia escocesa pelo mal-entendido, que acreditou que o passageiro viajava com nome e passaportes falsos.
Desde 2011, as autoridades receberam mais de 900 alertas de pessoas que acreditavam ter visto o homicida, mas as indicações não levaram à sua detenção e o suspeito continua a monte.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com