O texto, apresentado hoje na comissão dos Assuntos constitucionais da Câmara de deputados (parlamento), foi aprovado pelos partidos da maioria, onde se incluem o M5S, o Partido Democrático (PD), seu aliado no Governo, e Italia Viva, uma nova formação dirigida pelo ex-primeiro-ministro Matteo Renzi, que abandonou recentemente o PD mas cujos deputados apoiam o Governo de Giuseppe Conte.
O texto deve ser discutido na sessão da próxima segunda-feira para adoção definitiva, após ter sido aprovado no Senado por duas vezes, e no parlamento numa primeira leitura.
O projeto-lei prevê que o número de deputados seja reduzido dos atuais 600 para 400, enquanto os lugares de senadores deverão ser fixados em 200 contra os atuais 315, uma redução global de 36,5%.
Segundo M5S, que incluiu esta medida no seu programa eleitoral, a redução do número de parlamentares deve permitir uma poupança de 500 milhões de euros por legislatura (cinco anos em Itália), e um trabalho mais eficaz das duas câmaras.
O chefe do M5S, Luigi Di Maio, tem referido regularmente que este dinheiro poderá ser canalizado para as escolas italianas, hospitais e na ajuda às pessoas necessitadas.
Entre os partidos da oposição, apenas a Forza Itália, formação de direita do antigo primeiro-ministro Sílvio Berlusconi, votou contra. Os deputados da Liga (extrema-direita) do "nativista" Mattteo Salvino, e do partido de extrema-direita Fratelli d'Italia (Irmãos da Itália) de Giorgia Meloni estiveram ausentes.