Robert Brennan foi acusado em setembro de 2013 de agressões sexuais a um menor, presumivelmente cometidas entre 1993 e 2004, quando exercia numa paróquia da arquidiocese de Filadélfia, segundo um comunicado do procurador.
Mas a acusação foi retirada no mês seguinte após a morte, por overdose, da alegada vítima.
O ex-padre foi depois processado civilmente pela família do jovem, ação que terminou em 2018 com um acordo que ficou em segredo, como acontece frequentemente com os casos de pedofilia na Igreja.
A mentira ao FBI, pela qual foi detido hoje em Perryville, no Estado de Maryland, data de abril de 2019. Interrogado pela polícia de investigação federal, Brennan disse que até ser acusado em 2013 não conhecia nem a alegada vítima nem a sua família.
O comunicado do procurador não diz como os serviços determinaram que Brennan terá mentido, mas os procuradores da Pensilvânia (Estado a que pertence Filadélfia) têm realizado nos últimos anos uma vasta investigação sobre os crimes de pedofilia no Estado, que revelou abusos sexuais perpetrados por mais de 300 padres contra pelo menos mil crianças, segundo um relatório divulgado em agosto de 2018.