A família de Rosaura Vaz, de 80 anos, velada durante oito horas, até ser transportada novamente para o hospital, após os familiares suspeitarem que a idosa estava viva, exige respostas e esclarecimentos por parte da unidade de saúde de Bagé, fronteira do Rio Grande do Sul, no Brasil, com o Uruguai.
De acordo com o site G1, o caso aconteceu na manhã de terça-feira. Na véspera, a família visitou a idosa, que estava internada com uma bronquite, mas parecia estar a recuperar. À noite, ao contrário do que era de esperar, os filhos foram informados de que Rosaura tinha morrido.
O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal e, posteriormente, levado para a sala funerária, onde se iniciou o velório, durante a madrugada de terça-feira.
“Eu fiquei um bom tempo agarrado à mão dela e esta estava a transpirar. Como não percebemos nada de medicina, não questionei. Contudo, as horas foram passando, a noite estava fria e havia ar condicionado na sala, mas o corpo continuava quente e o rosto corado. Aí começamos a achar estranho”, revela o filho da vítima, Jesus Chaves, à publicação brasileira.
E foi nesse momento que a família decidiu verificar com um medidor de tensão arterial se Rosaura estava de facto morta.
“A minha irmã trouxe o aparelho e deu 12 por sete. Fez novamente a medição e chamamos o médico. Ele demorou 40 minutos a chegar. Olhou as pupilas e estas não tinham dilatado. Mas não disse mais nada. Passamos pela humilhação de retirar a minha mãe do caixão, para ela voltar ao hospital”, conta Jesus.
A partir daí não tiveram mais acesso à mãe. Algum tempo mais tarde, os médicos confirmaram à família que a mulher estava mesmo morta.
De acordo com o atestado de óbito, Rosaura teve uma paragem respiratória, na sequência de um tumor cerebral.
A família aguarda agora respostas por parte do hospital. “Nós queremos resolver isso. Queremos saber o que realmente aconteceu. Ela estava muito bem. E nós velamos a minha mãe duas vezes. É doloroso, nós sofremos muito”, declarou o filho de Rosaura.