"Um naufrágio ocorreu há uma semana no rio Lukenye. Onze corpos foram recuperados e cinquenta pessoas foram dadas como desaparecidas", disse à agência de notícias francesa (AFP) Dieudonné Pieme, governador do Kasaï (centro).
"A maioria dos mortos e desaparecidos vinham do território de Kole, em Sankuru, a caminho de Kinshasa. O barco em que estavam estava sobrecarregado. Somente 16 pessoas conseguiram salvar-se", declarou à AFP um jornalista de uma rádio comunitária local.
Este acidente ocorreu no território de Dekese localizado na floresta equatorial, numa área de enclave da província de Kasai, desprovida de infraestrutura rodoviária, dificultando a comunicação com Tshikapa, a capital de Kasai, distante mais de 600 quilómetros.
Este tipo de naufrágio de barcos sobrelotados é comum na RDCongo, um país enorme de 2,3 milhões de quilómetros quadrados, mas com muito poucas estradas transitáveis.
As pessoas deslocam-se muitas vezes pelo rio Congo, seus afluentes e lagos.
No final de maio, o naufrágio de um barco provocou pelo menos 32 mortos no lago Mai-Ndombe, no oeste da RDCongo.
Em meados de abril, o naufrágio de um barco entre Goma e o território de Kalehe, no Lago Kivu (leste), provocou 142 mortos, segundo o Presidente congolês, Félix Tshisekedi, que foi ao local e decretou três dias de luto.