Um tribunal alemão determinou que o ministério dos Negócios Estrangeiros germânico deve repatriar a mulher e os três filhos de um homem suspeito de ser jihadista do autoproclamado Estado Islâmico.
Esta decisão foi tomada na sequência de um processo movido pelos familiares dos jihadistas precisamente contra aquele ministério.
Saliente-se que países como a Alemanha, França e Reino Unido viram milhares de cidadãos partir para a Síria, em anos recentes, após terem sido recrutados pelo Daesh. À medida que os jihadistas foram perdendo terreno durante o conflito, a dúvida sobre o que fazer nestes casos foi crescendo.
Para lá dos ocidentais que se encontram detidos em campos na Síria e no Iraque, após as sucessivas derrotas do Estado Islâmico, as autoridades destes países têm em mãos um outro problema: o que fazer com os familiares, nomeadamente com crianças que foram levadas ou nasceram mesmo já durante o conflito.
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Explica a Reuters que ainda não se sabe o paradeiro deste homem suspeito de ter integrado as fileiras dos jihadistas. Quando ele partiu para a Síria, em 2014, levou consigo a mulher e as duas filhas. Estas crianças têm agora 7 e 8 anos de idade, bem como um irmão mais novo, que nasceu já na Síria, e tem apenas dois anos de idade.
As autoridades germânicas queriam apenas repatriar as crianças. Mas a administração curda no norte da Síria, onde ainda há milhares de jihadistas do ISIS detidos, exigiu que a mãe das crianças também fosse repatriada.
O governo germânico admite recorrer desta decisão do tribunal que poderá fazer jurisprudência para outros casos.
Os serviços de informação da Alemanha acreditam que cerca de mil alemães abandonaram o país para lutar pelos jihadistas durante o conflito. Nesta fase, estima-se que um terço tenha morrido durante o conflito. Outro terço terá regressado, ao passo que os restantes ainda estarão dispersos, muitos deles detidos ou de paradeiro desconhecido, em parte do Iraque e da Síria.
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