"Os nossos filhos não têm de pagar o custo da irresponsabilidade da nossa geração", afirmou o Papa perante responsáveis de companhias petrolíferas com quem se reuniu no Vaticano sob o lema "A transição energética e o cuidado da casa comum".
"É necessário haver uma transição energética radical para salvar a nossa casa comum [planeta]", declarou o chefe da Igreja Católica, acrescentando que "a atual crise ecológica, nomeadamente as alterações climáticas, ameaçam o futuro de toda a família humana".
Durante muito tempo, sublinhou o Papa, "ignorou-se coletivamente os resultados das investigações científicas e as previsões catastróficas, para as quais agora não se pode olhar com desprezo nem ironia".
Segundo Francisco, é necessário que as empresas petrolíferas pensem com responsabilidade, tendo em conta o impacto das suas ações a curto e longo prazo.
"A crise climática pede ações determinadas agora e aqui. Não podemos dar prioridade a vantagens económicas a curto prazo", ressalvou o Papa, lamentando que são sempre os mais pobres que mais sofrem o impacto das alterações climáticas, além das futuras gerações que vão herdar "um muito muito estragado".
"O futuro é nosso, gritam os jovens, e têm razão", concordou o Papa.
Durante a manhã, um grupo de jovens que apoiam a iniciativa da jovem sueca Thumberg, incentivadora de greves escolares todas as sextas-feiras pela defesa do planeta e para chamar a atenção para a emergência climática, manifestaram-se junto da basílica de São Pedro, no Vaticano.