Ataque do Boko Haram deixa 13 mortos no leste do Chade
Treze moradores de uma aldeia no leste do Chade morreram na quinta-feira num ataque conduzido por militantes do grupo 'jihadista' Boko Haram, cuja presença na região tem aumentado, anunciaram hoje as autoridades locais.
© Reuters
Mundo Boko Haram
O ataque na aldeia de Ceilia, a 40 quilómetros da cidade de Bol, capital da província Lago, terá sido conduzido por membros do grupo islâmico durante a madrugada.
"O ataque aconteceu às 06:00 locais [mesma hora em Lisboa]. Elementos do Boko Haram mataram quatro pessoas, entre as quais o chefe da aldeia e a sua família, e incendiaram parte da aldeia. O incêndio matou outras nove pessoas enquanto saíam", disse o secretário-geral da província do Lago Chade, Dimouya Soiapebé, à agência France-Presse.
"Elementos armados do Boko Haram atuam, geralmente, durante a noite para realizar os ataques. Neste caso, surpreenderam os aldeões durante a madrugada, no mês do Ramadão", acrescentou Soiapebé, referindo que as forças de defesa e segurança continuam a patrulhar a área e que há uma estratégia para o seu reforço.
Desde junho de 2018, foram registados pelo menos sete ataques deste grupo 'jihadista' em território chadiano.
O grupo Boko Haram foi criado em 2002 no nordeste da Nigéria por Mohameh Yusuf, após o abandono do norte do país pelas autoridades.
Inicialmente, os seus ataques eram dirigidos à polícia nigeriana, uma vez que representava o Estado. No entanto, desde a morte de Yusuf, em 2009, o grupo passou a ter uma abordagem mais radical.
Desde então, o Boko Haram matou mais de 20.000 pessoas e as suas ofensivas provocaram aproximadamente dois milhões de deslocados, de acordo com as Nações Unidas.
Em 2015, com a sua filiação no autoproclamado Estado Islâmico, o grupo adotou também a denominação Estado Islâmico na África Ocidental.
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