"Pedimos à comunidade internacional e às organizações de direitos humanos que ajam de acordo com seus compromissos e evitem, por todos os meios, que tais crimes ocorram" no Iémen, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Abbas Moussavi, em mensagens no Telegram.
A coligação liderada pelos sauditas, que está a intervir militarmente no Iémen em apoio às forças pró-governo e contra os rebeldes Huthis, fez ataques aéreos na quinta-feira contra a capital controlada pelos rebeldes.
A MSF relatou pelo menos quatro mortos e 48 feridos, mas um médico de um hospital em Sana declarou que seis corpos haviam chegado ao centro hospitalar.
Os ataques sauditas ocorreram dois dias depois de um ataque a um oleoduto saudita reivindicado pelos rebeldes iemenitas, tendo Riade acusado o Irão de ser diretamente responsável pelo incidente.
Teerão não respondeu a essas acusações.
Por outro lado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano estimou que os países que fornecem armas à coligação militar que intervém no Iémen têm "uma responsabilidade compartilhada" pelos ataques a Sanaa.
"Os países que apoiam as forças do agressor no Iémen devem ser responsabilizados", referiu o Ministério iraniano.
O Irão, xiita, e a Arábia Saudita, sunita, são as duas grandes potências rivais do Médio Oriente.
Os sauditas são um dos principais aliados dos norte-americanos na região, enquanto o Governo de Donald Trump vê o Irão como o seu pior inimigo.
Riade interveio militarmente no Iémen desde 2015, após a conquista pelos Huthis de grandes partes do território, incluindo a capital Sana. Os rebeldes são apoiados politicamente pelo Irão, que afirma não lhes fornecer armas.
O conflito matou dezenas de milhares de pessoas, incluindo muitos civis, segundo várias organizações humanitárias.