Mike Pompeo pede à Rússia para retirar apoio a Maduro

O secretário de Estado norte-americano pediu ao homólogo russo para retirar o apoio ao líder venezuelano, Nicolás Maduro, pedido feito durante uma reunião em que o Irão e a suposta interferência russa nas eleições norte-americanas foram também temas abordados.

Mike Pompeo pede à Rússia para retirar apoio a Maduro

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Lusa
14/05/2019 18:45 ‧ 14/05/2019 por Lusa

Mundo

Estados Unidos

Os dois chefes de diplomacia, Mike Pompeo dos EUA e Sergei Lavrov da Rússia, reuniram-se hoje para "melhorar as relações" bilaterais, sendo que um dos temas abordados foi a crise venezuelana, um dos que mais divide as duas nações, em que os Estados Unidos reconhecem Juan Guaidó como presidente interino e a Rússia mantêm o apoio ao Presidente de facto, Nicolas Maduro.

"Os Estados Unidos e mais de 50 países consideram que chegou a hora de Maduro abandonar o poder", afirmou Mike Pompeo, numa conferência de imprensa conjunta em Sochi, acrescentando que a renúncia de Maduro é necessária para "acabar o sofrimento do povo venezuelano".

Além disso, assegurou que a posição norte-americana é que sejam os venezuelanos a escolher os seus líderes, apesar de enfatizar que o país deve ser uma democracia.

Do lado russo, Sergei Lavrov respondeu que "não se pode instaurar uma democracia pela força" e acusou os EUA e Guaidó de recorrerem continuamente a ameaças de uma possível intervenção militar, o que, na sua opinião, "não tem nada a ver com uma democracia".

Noutros assuntos da reunião, o chefe da diplomacia norte-americana afirmou que os EUA querem evitar uma possível guerra com o Irão, numa altura em que as tensões entre ambos países crescem.

Pompeo advertiu também Lavrov contra tentativa de interferência nas próximas eleições presidenciais norte-americanas.

"A interferência nas eleições é inaceitável e se os russos se envolvessem nisso em 2020 [data das próximas eleições], colocariam o nosso relacionamento numa situação ainda pior", referiu.

Já o ministro russo classificou as acusações de conluio entre o Presidente dos EUA, Donald Trump, e a Rússia como "pura ficção" e disse esperar que a publicação do relatório do procurador especial Robert Muller contribua para o retomar de diálogo entre os países.

"Tais insinuações são pura ficção. Espero que, após a recente publicação do relatório de Muller, os ânimos acalmem e seja possível avançar para estabelecer um diálogo profissional entre os países", disse.

O ministro russo avançou também que a Rússia "reagirá positivamente" a um pedido de reunião entre o seu Presidente, Vladimir Putin, e Donald Trump, depois do norte-americano ter anunciado que se encontraria com o homólogo russo e chinês, Xi Jinping, na cimeira do G20.

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