"Há quase 10 indivíduos distintos. É uma massa de ossos, praticamente sem sedimentos. É como se tivessem feito um poço e o preenchessem de ossos. É muito impressionante", explicou o paleontólogo argentino Ricardo Martinez.
Segundo o cientista do Instituto e Museu de Ciências Naturais (IMCN) da Universidade de San Juan, esses fósseis pertencem à bacia de Ischigualasto, com 220 milhões de anos, "uma época da qual pouco se sabe sobre a vida selvagem".
O cemitério, cuja descoberta, em setembro de 2018, foi hoje revelada, situa-se na província de San Juan, a 1.100 quilómetros a oeste de Buenos Aires, e tem entre um e dois metros de diâmetro e profundidade.
Esta descoberta é, para o investigador, "duplamente importante", uma vez que, no local, estão "pelo menos sete ou oito indivíduos de dicinodontes, os ancestrais dos mamíferos, do tamanho de um boi, e outros arcossauros (répteis) que podem ser dinossauros ou um ancestral dos grandes crocodilos".
Os mais importantes depósitos fósseis de dinossauros foram encontrados na Patagónia (sul), nas regiões de La Rioja e San Juan (oeste) e na província de Salta (norte).