"Todos querem colocar um Mussolini no boletim de voto", disse o antigo oficial da marinha de 50 anos, atualmente empresário com negócios nos Emirados Árabes Unidos, em declarações ao jornal italiano Il Messaggero.
Ao diário italiano, o empresário reconheceu que nunca foi um político, assegurando, no entanto, ter "respirado" política toda a sua vida.
Não é a primeira vez que o apelido do ditador Mussolini, que liderou a Itália entre 1922 e 1943 (autodesignando-se Duce desde 1925), entra numa campanha eleitoral.
Caio Giulio Cesare é primo de Alessandra Mussolini, neta do ditador, que é eurodeputada desde 2014, após ter sido senadora e deputada nacional.
Nascido na Argentina, Caio Giulio Cesare acredita que não foi escolhido pelo seu nome de família, mas sim pelo "primeiro nome", pelo seu sentido de dever e pela sua experiência a nível internacional.
No Parlamento Europeu, em Estrasburgo, "defenderei o interesse nacional em cada uma das minhas ações e nos meus votos", afirmou o candidato, em linha com o discurso ultranacionalista do partido Irmãos de Itália (Fratelli d'Italia -- Alleanza Nazionale, na designação do partido em italiano), cuja cabeça de lista é Giorgia Meloni.
As eleições europeias 2019 vão ter lugar de 23 a 26 de maio.
Itália, país que terá 76 dos 705 eurodeputados da futura composição do Parlamento Europeu (a menos que, nessa altura, o Reino Unido continue a ser membro da UE), vai a votos a 26 de maio.