"O pretexto de incluir os nossos compatriotas na lista de sanções ilegítimas da UE (União Europeia) confunde pela hipocrisia e cinismo", considera o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo num comunicado.
Numa declaração anterior na sexta-feira à noite, o ministério assegurava que a Rússia "não deixará sem resposta o ato hostil da UE".
"Não podemos ignorar que esta decisão ocorre pouco antes da eleição presidencial na Ucrânia", marcada para 31 de março, adiantou o ministério.
Os Estados Unidos, em acordo com a União Europeia, a Austrália e o Canadá, impuseram na sexta-feira novas sanções contra responsáveis russos pela "continuação da sua agressão na Ucrânia", segundo um anúncio do Tesouro norte-americano.
Seis responsáveis foram colocados na 'lista negra' pela apreensão de navios ucranianos no estreito de Kertch ao largo da Crimeia, em novembro de 2018, e pelo seu apoio aos rebeldes separatistas do leste da Ucrânia. As sanções congelam os bens das pessoas designadas e proíbem qualquer atividade comercial com os visados.
Seis grupos de defesa com operações na Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, e duas empresas de construção e de energia são igualmente visados pelas sanções.
Moscovo considera que o incidente, que levou à detenção de 24 marinheiros ucranianos, se deve a uma "provocação" de Kiev.
Os marinheiros arriscam até seis anos de prisão por passagem ilegal das fronteiras russas, consideram os advogados.