Partido separatista CUP decide não concorrer às eleições espanholas

O partido separatista Candidatura de Unidade Popular (CUP) decidiu hoje não concorrer às eleições gerais (legislativas) em Espanha marcadas para 28 de abril por considerar não estarem criadas condições para uma candidatura de autêntica rutura com o Estado.

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© Getty Images

Lusa
10/03/2019 23:27 ‧ 10/03/2019 por Lusa

Mundo

Decisão

A CUP (esquerda radical) tomou esta decisão durante o conselho político extraordinário que foi realizado esta tarde na sede do partido independentista, em Barcelona, reunião que durou apenas uma hora.

A decisão de não participar nas eleições espanholas foi aprovada com 37 votos a favor, 20 contra e quatro abstenções, especificou em declarações aos jornalistas a líder da CUP, Mireia Boya.

No encontro foram debatidas duas propostas, tendo em vista as eleições de 28 de abril: participar nas eleições como um "projeto de rutura e bloqueio do Estado" e, por outro lado, a de não se apresentar ao ato eleitoral e dotar-se com "um pouco mais de tempo" para decidir como o partido irá encarar a ação política no âmbito destas eleições, explicou Boya.

Acabou por ser aprovada a segunda proposta por não haver as condições "necessárias" para a candidatura da CUP se tornar "autenticamente de rutura e transformadora do Estado", disse a líder do partido.

O partido vai agora concentrar-se nas eleições municipais de 26 de maio, sendo esta a "ação política prioritária" do partido anticapitalista, acrescentou.

"Estas eleições para nós são muito mais importantes, porque as condições para um outro momento de rutura têm de vir dos municípios e não do Congresso (...) Somos um candidato municipalista", disse Boya.

Nesse sentido, indicou que a formação partidária usará "todos os esforços" para criar as condições de "rutura a partir dos municípios", "de baixo" e com uma mobilização "permanente".

O primeiro-ministro socialista espanhol, Pedro Sánchez, convocou eleições legislativas antecipadas para 28 de abril, as terceiras em menos de quatro anos, depois de o parlamento ter chumbado em 13 de fevereiro o seu projeto de Orçamento para 2019.

Sánchez justificou a sua decisão porque "entre não fazer nada", continuando a governar com o orçamento do chefe do Governo anterior, Mariano Rajoy, do Partido Popular (PP, direita), e "dar a palavra aos espanhóis", prefere a segunda opção.

A atual legislatura terminou em 05 de março.

O atual Congresso dos Deputados (câmara baixa do parlamento) tem 350 deputados, dos quais 134 são do PP, 84 do PSOE, 67 do Unidos Podemos e 32 do Cidadãos.

 

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