Brasil exige regresso de Juan Guaidó à Venezuela sem incidentes
O Governo brasileiro defendeu hoje que o presidente do parlamento venezuelano, Juan Gaidó, possa regressar à Venezuela, após concluir o périplo por vários países da América Latina, sem incidentes e sem violações dos seus direitos.
© Reuters
Mundo Venezuela
"O Governo brasileiro, ao rejeitar as intimidações e ameaças do regime [de Nicolás] Maduro contra o autoproclamado presidente interino da Venezuela e sua família, manifesta a expectativa de que o seu regresso à Venezuela ocorra sem incidentes", de acordo com um comunicado divulgado hoje pelo Ministério das Relações Exteriores.
A chancelaria manifestou ainda a esperança de que "os direitos e a segurança do presidente Guaidó, dos seus familiares e dos seus assessores sejam plenamente respeitados por aqueles que ainda controlam o aparato de repressão do regime".
O ministro brasileiro dos Negócios Estrangeiros, Ernesto Araújo, afirmou na passada sexta-feira que o Brasil considera "completamente absurda" a possível detenção do autoproclamado chefe de Estado interino da Venezuela - que é já reconhecido por cerca de 50 países - quanto reentrar no país.
Guaidó afirmou que, depois do périplo que realizou na semana passada, que o levou à Colômbia, Brasil, Paraguai, Argentina e Equador, pretende regressar a Caracas o mais tardar esta segunda-feira, "apesar das ameaças" de que pode ser preso por ter violado a proibição de sair do país, imposta por um juiz que investiga a sua decisão de proclamar-se presidente interino da Venezuela no passado dia 23 de janeiro.
"Esperamos que isso não ocorra. Seria um absurdo. Temos que ver qual seria a reação do Brasil a um completo absurdo", afirmou o chefe da diplomacia brasileira em declarações à comunicação social na sexta-feira.
Esta posição do Brasil coincidiu com uma outra por parte da União Europeia, cuja Alta Representante para a Política Exterior, Federica Mogherini, declarou hoje que qualquer ação contra "a liberdade, segurança ou a integridade pessoal" do líder da Assembleia Nacional da Venezuela "representaria uma grande escalada de tensões e mereceria a firme condenação da comunidade internacional".
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