PP é responsável por Governo ter "atirado a toalha ao chão", diz Casado
O líder do principal partido da oposição espanhola, Pablo Casado, do Partido Popular (direita), defendeu hoje em Madrid que foi a sua formação que obrigou o Governo socialista minoritário a "atirar a toalha ao chão".
© Reuters
Mundo Pablo Casado
O PP "conseguiu, como oposição, que o Governo de [Pedro] Sánchez atirasse a toalha ao chão", disse Pablo Casado em conferência de imprensa, poucos minutos depois de o chefe do executivo espanhol ter anunciado a convocação de eleições legislativas para 28 de abril próximo.
O presidente do PP afirmou estar "muito contente" e criticou a "instrumentalização" que o primeiro-ministro tentou fazer com os jornalistas ao falar como se tivesse num "meeting", durante mais de 40 minutos, para só em seguida anunciar a data da ida às urnas.
Para Pablo Casado, a convocação de eleições antecipadas foi possível porque o PP apanhou o executivo "a negociar" com os independentistas catalães, e nas urnas os espanhóis terão de escolher se querem um Governo "que negoceia com" os separatistas ou com o PP, que irá fazer com que Madrid volte a intervir na Catalunha.
O primeiro-ministro socialista espanhol convocou hoje eleições legislativas antecipadas para 28 de abril próximo, as terceiras em menos de quatro anos, depois de o parlamento ter chumbado o seu projeto de Orçamento para 2019, na quarta-feira.
Pedro Sánchez justificou o seu anúncio porque "entre não fazer nada", continuando a governar com o orçamento do chefe do Governo anterior, Mariano Rajoy, do Partido Popular (PP, direita), e "dar a palavra aos espanhóis", prefere a segunda opção.
Pedro Sánchez, que lidera o Governo mais minoritário da história democrática espanhola, não conseguiu manter a maioria frágil formada pelo PSOE com o Unidos Podemos (extrema-esquerda), nacionalistas bascos e independentistas catalães.
Os partidos independentistas catalães foram os grandes responsáveis pelo resultado da votação sobre o projeto orçamental na última quarta-feira, tendo-se colocado ao lado da oposição de direita, depois de terem sido decisivos para a subida de Sánchez ao poder há oito meses.
A atual legislatura, que terminará em 05 de março próximo, depois de o jornal oficial do Estado publicar a dissolução das Cortes e a convocatória de eleições em 28 de abril, terá 959 dias de duração, a quarta mais curta da democracia espanhola.
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