A sondagem foi realizada pela empresa YouGov, que usa o mesmo modelo que previu corretamente o resultado das eleições de 2017, quando a líder do partido Conservador foi surpreendida ao perder assentos e a maioria absoluta na Câmara dos Comuns.
Desta vez, apesar das críticas de que tem sido alvo pela forma como está a conduzir o processo de saída do Reino Unido da União Europeia, a primeira-ministra conseguiria um grupo parlamentar de 321 deputados conservadores, contra os atuais 317 num total de 650.
Pelo contrário, o partido Trabalhista liderado Jeremy Corbyn perderia 12 dos atuais 262, para 250, sobretudo para os Liberais Democratas e para o Partido Nacionalista Escocês (SNP), que a sondagem prevê que conquistem quatro novos lugares cada.
Esta sondagem vem reforçar os resultados de outros estudos recentes que dão uma vantagem ao partido Conservador sobre o principal partido da oposição nas intenções de voto.
O 'Labour' tentou forçar o Governo a antecipar eleições ao avançar com uma moção de censura em janeiro, na sequência do chumbo do Acordo de Saída negociado por May com Bruxelas, mas a moção foi rejeitada graças aos votos do Partido Democrata Unionista (DUP), aliados do governo no parlamento.
Rumores de que o Governo estaria a preparar eleições surgiram na imprensa britânica no início do mês: o Daily Mail noticiou a existência de discussões entre assessores de May sobre a possibilidade de realizar eleições em 6 de junho se a data do Brexit fosse adiada para além de 29 de março.
O Sunday Times também deu conta na mesma altura de planos para eleições legislativas em junho, após a aprovação de um acordo, para impor a autoridade de May durante os cinco anos seguintes.
O governo já desmentiu várias vezes este cenário, e May prometeu aos deputados do partido Conservador que abandonaria a liderança do partido antes das próximas eleições, marcadas para 2022.