Este julgamento "é um teste de stress para a democracia espanhola"
O antigo presidente da Generalitat referiu considerar que se trata de um "julgamento político", cuja única saída é a "absolvição".
© Reuters
Mundo Puigdemont
No dia em que o julgamento histórico de 12 dirigentes independentistas catalães acusados de envolvimento na tentativa de secessão da Catalunha em outubro de 2017 se inicia em Madrid, Carles Puigdemont, o ex-presidente do Governo regional catalão e o grande ausente do julgamento, deu uma conferência de imprensa a partir de Berlim.
Para Puigdemont, este é "um julgamento que nunca deveria ter acontecido" e que "até hoje o Estado teve oportunidade de o evitar e retificar". O antigo líder da Generalitat, exilado em Bruxelas, declarou que se trata de um processo "de caráter político" e que entrou hoje "numa nova fase", acrescentando que o dia de hoje era "um teste de stress para a democracia espanhola", conta a RTVE.
A partir da sede da delegação da Generalitat em Berlim, o antigo líder catalão fez questão de referir que os independentistas acusados se tratam de "pessoas honráveis, inocentes e eleitas democraticamente, que só cumpriram com as decisões do parlamento catalão". Sobre os 12 separatistas que estão a ser julgados lamentou ainda que estejam "sentados no banco dos réus como criminosos, por crimes de que não há nenhuma prova".
Acerca do desfecho do julgamento, Puigdemont considera que a única saída possível é a "absolvição".
Puigdemont viajou na segunda-feira da Bélgica, país para onde fugiu, para Berlim, na Alemanha, para entregar um prémio 'Cinema para a paz' ao documentário 'Duas Catalunhas'. O antigo líder da Generalitat está acusado de rebelião e uso indevido de fundos públicos, mas não será julgado hoje pois Espanha não julga pessoas à revelia em delitos com este grau de gravidade.
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