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Bruxelas propõe sistema de alerta rápido para sinalizar 'fake news'

A Comissão Europeia apresentou hoje um plano de ação para combater a desinformação na União Europeia, no quadro das próximas eleições europeias, que inclui um sistema de alerta rápido para sinalizar 'fake news' em tempo real.

Bruxelas propõe sistema de alerta rápido para sinalizar 'fake news'
Notícias ao Minuto

13:11 - 05/12/18 por Lusa

Mundo Desinformação

O plano de ação incide sobre quatro domínios chave com vista a reforçar a capacidade da União Europeia para combater as chamadas 'fake news' e intensificar a cooperação entre os Estados-membros e a União, nomeadamente através de um sistema específico de alerta rápido que facilitará a partilha de dados e a análise de campanhas de desinformação e a sua sinalização em tempo real.

Este mecanismo de alerta será ativado em março de 2019, na perspetiva das eleições europeias de maio.

Bruxelas anunciou também o reforço com pessoal especializado e dispositivos de análise de dados das 'task forces' de comunicação estratégica e de luta contra as ameaças híbridas do Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE), assim como das delegações da UE nos países vizinhos.

"O orçamento da comunicação estratégica do SEAE destinado à luta contra a desinformação e à sensibilização aos efeitos nefastos desta deverão mais do que duplicar, ascendendo dos 1,9 milhões de euros em 2018 para os cinco milhões de euros em 2019", destaca o executivo comunitário em comunicado.

Relativamente às plataformas digitais e aos serviços em linha, os signatários do código de boas práticas devem colocar em prática "rápida e efetivamente" os compromissos assumidos, dando prioridade a medidas urgentes com vista às próximas eleições europeias.

"Trata-se, designadamente, de garantir a transparência da publicidade de cariz político, de intensificar os esforços para encerrar contas falsas ainda ativas, de assinalar as interações não humanas (mensagens difundidas automaticamente por robôs informáticos), e de cooperar com os verificadores de factos e investigadores universitários para detetar campanhas de desinformação e melhorar a visibilidade e a difusão de conteúdos verificados", especifica o texto.

O último dos âmbitos do plano de ação do executivo comunitário é a sensibilização dos cidadãos e a instituição de meios de ação para que estes possam agir.

"Paralelamente à organização de campanhas de sensibilização, as instituições da UE e os Estados-membros promoverão a educação nos media através de programas específicos. Um apoio será atribuído a equipas multidisciplinares nacionais e verificadores de factos e investigadores independentes com o objetivo de detetar e denunciar campanhas de desinformação nas redes sociais", esclarece.

A Comissão Europeia, em parceria com a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, elaborarão e colocarão em prática as medidas anunciadas no plano de ação, em cooperação com os Estados-membros e o Parlamento Europeu.

Em 26 de novembro, um inquérito divulgado em Bruxelas pela Comissão Europeia, subordinado ao tema "Democracia e Eleições", indicava que Portugal é o segundo país da UE menos preocupado com o impacto que a divulgação de informações erradas ou enganosas na internet possa ter no resultado das eleições europeias.

De acordo com aquele Eurobarómetro, apenas 57% dos portugueses inquiridos assumiu estar preocupado com a influência das chamadas 'fake news' no desfecho das eleições europeias de maio de 2019.

Esta é a segunda percentagem mais baixa entre os Estados-Membros, apenas atrás da Estónia (56%) e muito distante da média europeia, que é de 73%.

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