O porta-voz da presidência turca Ibrahim Kalin, citado pela agência noticiosa estatal Anadolu, indicou que o encontro poderá decorrer à margem da cimeira do G20 prevista para o final da próxima semana na Argentina.
"Vamos examinar o programa. Poderá ser possível", declarou Kalin citado pela Anadolu.
Jamal Khashoggi, jornalista e colunista saudita crítico do regime de Riade que residia nos Estados Unidos e colaborava designadamente com o diário Washington Post, foi morto em 2 de outubro no consulado-geral da Arábia Saudita em Istambul, onde se deslocou por motivos administrativos.
Esta assassínio suscitou uma onda de choque a nível mundial e degradou de forma considerável a imagem da Arábia Saudita e do príncipe herdeiro, Mohammed ben Salmane, designado "MBS".
Na segunda-feira a Arábia Saudita confirmou que Ben Salmane - que a CIA norte-americana admite como possível instigador do assassinato do jornalista saudita - vai assistir à cimeira do G20 agendada para 30 de novembro e 01 de dezembro, a sua primeira viagem ao estrangeiro depois da morte de Kashoggi.
Por sua vez, o Presidente dos EUA, Donald Trump, admitiu na terça-feira um encontro com 'MBS', também à margem da cimeira das 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia.
A Turquia denunciou a ausência de colaboração das autoridades sauditas no esclarecimento do assassinato de Khashoggi, mas não acusou diretamente o príncipe herdeiro de envolvimento no caso.