Ministro da Educação de Israel mantém-se no cargo e afasta eleições

O ministro da Educação de Israel, figura chave da coligação governamental, disse hoje que vai manter-se no executivo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, afastando de momento a perspetiva de eleições antecipadas.

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Lusa
19/11/2018 09:36 ‧ 19/11/2018 por Lusa

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O partido do ministro da Educação, Naftlai Bennett, que exigiu a pasta da Defesa como condição para manter a coligação e que tem criticado a ação de Netanyahu afirmou que o primeiro-ministro entendeu a mensagem.

"Se o primeiro-ministro for sério (...) nós afastaremos as nossas exigências", disse Naftlail Bennett, numa conferência de imprensa, referindo-se à crise relacionada com as tréguas em Gaza.

"Se, na verdade, o governo vai ser um governo de direita e vai cumprir as promessas, nós ficamos", acrescentou Bennett referindo-se também à ministra da Justiça, Ayelet Shaked, do mesmo partido e que se mantém no executivo.

O ministro da Educação criticou a forma como Netanyahu enfrentou a última escalada militar com o movimento islâmico Hamas, em Gaza - a pior desde 2014 - e que terminou com um cessar-fogo decretado pelas milícias palestinianas.

"Se, de verdade, Netanyahu diz que Israel vai voltar a ser forte nós retiramos as nossas exigências", acrescentou Bennett que na semana passada, após a demissão do ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, manifestou o desejo de ficar com a pasta provocando uma crise na coligação governamental.

Netanyahu acabou por decidir acumular o cargo de primeiro-ministro com a pasta da Defesa.

Apesar de não concordar com o chefe de governo que decidiu parar os ataques contra Gaza depois de as milícias terem anunciado o cessar-fogo, Bennett afirmou que "acredita no primeiro-ministro e nas promessas" defendidas no domingo à noite.

Netanyahu anunciou que passa a ocupar o cargo de ministro da Defesa e pediu aos parceiros para manterem o apoio à coligação governamental para que seja evitada a antecipação das eleições numa altura em que o país se encontra "numa situação de segurança complexa".

Perante a posição do primeiro-ministro, Bennett disse "preferir" que Netanyahu vença uma "luta política" em vez de ter de enfrentar "uma derrota de Israel", mas exigiu uma mudança de rumo em questões de Defesa pedindo políticas mais "fortes" em relação aos palestinianos.

O ministro da Educação, e líder partidário, declarou que para mudar de rumo são necessárias ações no sentido de "demolir" o povo beduíno de Jan al Ahmar, no território palestiniano da Cisjordânia, e acabar com os "acampamentos de verão para terroristas".

Bennett pediu mais atos e menos palavras e medidas concretas contra o terrorismo.

A posição do ministro da Educação mantém o governo de Netanyahu que, durante os últimos dias, manteve consultas com os vários parceiros de governo no sentido de evitar eleições legislativas antecipadas em Israel.

Vários membros do Gabinete de Segurança de Israel opuseram-se às tréguas com as milícias palestinianas lideradas pelo Hamas.

O ministro da Defesa demitiu-se por considerar que as tréguas foram um ato de "submissão perante o terror".

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