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Refugiados vivem em "condições abjetas" em duas ilhas gregas

A Agência da ONU para os refugiados (ACNUR) denunciou hoje as "condições abjectas" em centros de acolhimento e identificação localizados em duas ilhas gregas que albergam 11 mil refugiados.

Refugiados vivem em "condições abjetas" em duas ilhas gregas
Notícias ao Minuto

15:24 - 06/11/18 por Lusa

Mundo Denúncia

O ACNUR pediu hoje ao governo grego que tome "medidas de emergência" para aliviar as condições de cerca de 11 mil refugiados que se encontram em centros de acolhimento nas ilhas de Samos e Lesbos.

A organização das Nações Unidas considera que o campo de Moria, em Lesbos, está a tornar-se um "barril de pólvora", em comunicado hoje divulgado.

Como solução mais imediata, a ACNUR pede a aceleração da transferência de refugiados para o continente de mais de quatro mil pessoas consideradas "vulneráveis" e repete o apelo para que a Comissão Europeia tome medidas de emergência no mar Egeu.

Segundo o comunicado da ACNUR, desde agosto, mais de 6.500 pessoas já foram transferidas para o continente grego, onde o governo pretende abrir seis mil novos lugares.

Contudo, nesse mesmo período, mais de 11 mil refugiados já chegaram às ilhas do mar Egeu.

Na ilha de Samos, "a situação está a piorar", já que o campo de Vathi acolhe quatro mil refugiados, quando apenas está preparado para receber 650.

Além da falta de eletricidade e água corrente, nesse campo, há cobras e ratos atraídos pelo lixo não limpo, diz a ACNUR.

No campo, "muitas casas de banho estão estragadas e o esgoto está a derramar perto das barracas", descreve também o ACNUR.

Os refugiados mais vulneráveis, incluindo cerca de 200 menores não acompanhados, 60 mulheres grávidas e pessoas com deficiência ou vítimas de violência sexual são deixados durante meses nessas condições deploráveis.

Em Lesbos, cerca de 6.500 refugiados são acomodados no campo de Moria, preparado para acolher apenas um terço desse número.

"As tensões e frustrações aumentam à medida que os prazos administrativos para pedidos de asilo continuam adiados", denuncia a ACNUR.

A organização das Nações Unidas acrescenta que o campo de Moria "se tornou um barril de pólvora", com a situação a ameaçar seriamente a segurança dos que ali vivem e trabalham.

A ACNUR pede que a Comissão Europeia e os seus Estados membros continuem a preparar medidas de emergência para esta região.

De acordo com os últimos dados disponíveis, 20 mil refugiados encontram-se atualmente nas ilhas do mar Egeu.

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