Depois de ter cumprido 15 anos de prisão por peculato na falência fraudulenta do banco Banesto em 1993, de que era presidente, o banqueiro, símbolo do sucesso económico espanhol dos anos oitenta do século passado, foi novamente preso temporariamente em 2016 por tentar repatriar fundos desviados, que os investigadores nunca encontraram.
O ex-banqueiro foi libertado dois meses após a sua detenção, depois de pagar uma fiança de 300 mil euros.
De acordo com a decisão tomada hoje por um juiz da Audiência Nacional, um tribunal especial que julga os casos mais importantes de crime contra o Estado, Mario Conde teria adquirido esses fundos antes de liderar o Banesto, tendo o magistrado concluído que não defraudou as autoridades fiscais espanholas.
Mario Conde cumpriu um total de 15 dos 20 anos de prisão em que foi condenado inicialmente em 2002.
Conde chegou à presidência do Banesto em 1987, decidido a salvar a entidade de uma dívida próxima dos 100 mil milhões de pesetas.
Apenas dois anos depois, em 1989, os cerca de 300 mil acionistas do Banesto obtiveram dividendos, o que elevou a sua popularidade.
O banqueiro chegou inclusivamente a ser premiado pela sua boa gestão e a Universidade Complutense de Madrid atribuiu-lhe o título honorífico de Doutor 'honoris causa'.
Os problemas do Banesto chegaram em 1993, quando se tornou pública a má situação financeira do banco. Em 28 de dezembro desse ano, o Banco de Espanha tomou conta do Banesto e destituiu Conde como presidente.