Segundo indicou hoje o Observatório Austral Europeu (ESO) em comunicado, nestas imagens podem-se observar “grupos de estrelas quentes recém-nascidas entre as nuvens que compõem a nebulosa”.
A Nebulosa de la Gamba encontra-se a cerca de 6.000 anos-luz da Terra, na constelação de Escorpião, uma região cheia de gás e bolhas escuras que formam novas estrelas quentes.
Esta formação espacial, também conhecida como Gum 56, tem uma extensão que equivale a quatro vezes as dimensões da Lua cheia.
Desde há milhões de anos surgiram naquela parte do céu muitas estrelas, tanto de forma individual como reunidas em núcleos.
Nas imagens fornecidas pelo ESO, pode ver-se o Collinder 316, um grande núcleo de estrelas disperso, que faz parte de um conjunto maior de estrelas luminosas.
Observam-se também diversas estruturas, ou cavidades, de cor mais escura, das quais a matéria interestelar foi expulsa por fortes correntes de vento estelar, geradas pelas estrelas quentes próximas.
O telescópio VLT, de 2,6 metros de diâmetros e construído em torno da câmara OmegaCAM, que tem 32 detetores CCD capazes de gerar imagens de até 268 megapíxeis, é o maior telescópio do mundo para sondar o céu com luz visível.
As fotografias do VLT foram melhoradas com outras obtidas pelo astrónomo amador australiano Martin Pugh, que as captou a partir da Austrália com telescópios de 32 e 13 centímetros de diâmetro.