Oscar Muñoz, de 56 anos, que nos últimos anos ocupou altos cargos na arquidiocese de Santiago, foi detido na quinta-feira. O sacerdote deverá manter-se em prisão preventiva durante 180 dias, enquanto a investigação decorre.
"A prisão provisória é uma medida muito pesada, implica a privação total de liberdade para uma pessoa", disse Emiliano Arias, promotor de Rancagua (120 quilómetros a sul de Santiago).
Para os casos que terão ocorrido entre os anos de 2002 e 2018 nas cidades de Santiago e Rancagua, Muñoz incorre em uma sentença de 15 anos, segundo o magistrado.
Para além da detenção do padre, investigadores policiais e promotores realizaram buscas em escritórios nos bispados de Temuco e Villarrica, no sul da região de Araucanía, de novo relacionadas com alegações de abuso sexual, informou fonte policial.
A investigação, que começou a 19 de junho, envolve acusações contra cinco clérigos, segundo a imprensa local.
A operação realizou-se depois dos bispos em questão se terem recusado a fornecer informações exigidas pelo Ministério Público.
Segundo a imprensa local, os investigadores apreenderam documentos e computadores.
A 18 de maio, toda a hierarquia da Igreja Católica chilena apresentou sua renúncia ao papa Francisco.
Até agora, o papa Francisco, que já pediu desculpas ao povo chileno, aceitou a renúncia de cinco bispos chilenos.