Morreu esta terça-feira o antigo fotógrafo da Associated Press Alan Diaz, aos 71 anos de idade. A informação foi confirmada à agência norte-americana pela filha do profissional, Aillette Rodriguez-Diaz.
Alan Diaz ficou conhecido por ter captado a imagem de um menino cubano de seis anos de idade, aterrorizado perante os serviços de imigração norte-americanos, que entraram em casa do pai, em Little Havana, na Flórida, em abril de 2000.
A criança, Elián González, saiu de Cuba com a mãe, Elizabeth Brotons, em 1999, com intenção de fazer a travessia por mar até aos Estados Unidos. A embarcação em que seguiam naufragou e Elizabeth morreu. Elián foi resgatado dois dias depois pela guarda costeira norte-americana, a boiar num pneu.
Elián foi depois entregue a familiares que residiam em Miami, mas o pai, a morar em Cuba, pedia o retorna da criança. Elián esteve, assim, no centro de uma polémica que resultou numa das maiores crises nas já difíceis relações entre Cuba e Estados Unidos.
A fotografia valeu-lhe um prémio Pulitzer em 2001, passando também a trabalhar com a agência a tempo inteiro (até ali trabalhava como freelancer).
Diaz, refere a AP, acabou por ficar próximo do menino e dos seus vizinhos. Quando as autoridades de imigração foram a casa dos familiares da criança, em abril de 2000, estes ligaram para Diaz para que registasse o momento.
