As fronteiras da França e da Bélgica foram palco de muitos confrontos da 1.ª Grande Guerra Mundial, existindo muitos monumentos aos mortos que lutaram na frente oeste, nos campos de batalha de Verdun (França) e Passchendaele (Bélgica).
Mais de dois milhões das vítimas foram enterradas na região, independentemente da sua nacionalidade.
"Estes locais levam-nos a tirar lições do passado para construir um futuro de paz", declarou Geert Bourgeois, que preside à região flamenga da Bélgica, uma das regiões mais duramente atingidas pela guerra.
A França e a Bélgica pretendem que a UNESCO reconheça 139 locais, devendo o assunto ser analisado juntamente com outras questões numa reunião da UNESCO que vai decorrer no Bahrain até 4 de julho.
Apesar de os momentos mais dramáticos da guerra ter ocorrido nas trincheiras, com as lutas corpo-a-corpo e o lançamento de gás de nervos, a França e a Bélgica não pretendem glorificar os locais de carnificina, preferindo centrar as atenções nos memoriais e nos cemitérios.
Segundo Luc Vandael, responsável pelo projeto da região flamenga, após a guerra muitos dos locais da guerra passaram a receber familiares dos mortos, mas rapidamente tornou-se mais do que isso, devido ao seu simbolismo.
"Tornou-se um apelo à paz e a à reconciliação. Sim, tornou-se mais do que um cemitério", comentou, numa altura em que este ano, mais precisamente a 11 de novembro, se completam 100 anos sobre a assinatura do Armísticio.
A Bélgica tem um dos maiores memoriais da 1.ª Grande Guerra Mundial com o nome de 54 mil soldados mortos nas longas batalhas em redor de Ypres.